Chamaram-me ovelha negra Por não aceitar a regra De ser coisa em vez de ser Rasguei o manto de mito E pedi mais infinito Na urgência de viver Rasguei o manto de mito E pedi mais infinito Na urgência de viver ♪ Caminhei vales e rios Passei fomes, passei frios Bebi água dos meus olhos Comi raízes de dor Doeu-me o corpo de amor Em leitos feitos escolhos Comi raízes de dor Doeu-me o corpo de amor Em leitos feitos escolhos ♪ Cansei as mãos e os braços Em negativos abraços De que a alma esteve ausente ♪ Do sangue das minhas veias Ofereci taças bem cheias À sede de toda a gente ♪ Do sangue das minhas veias Ofereci taças bem cheias À sede de toda a gente ♪ Arranquei com os meus dedos Migalhas de grão, segredos Da terra escassa de pão ♪ Mas foi por mim que viveu A alma que Deus me deu Num corpo feito razão ♪ Mas foi por mim que viveu A alma que Deus me deu Num corpo feito razão