A luz da manhã Revela anuncia Ò terra, a esperança não é vã Renasce a cada dia E o sonho é lugar Da criação Vem, longe, um vento agreste Trazendo outra vontade sem regresso Sob o céu cinzento, a terra seca Come é seco o sangue que a manchou Dos corpos que tombaram, resta o esquecimento Naqueles cuja razão os ceifou Em quem lhes deu a vida, a mágoa imensa O gesto mudo, que já nada alcança É o vazio agora, a única presença, e para sempre O calor do abraço, uma lembrança Eu posso dizer não A "matar ou morrer" A minha direcção é ser Tenho a minha vontade Exerço a liberdade Bastaria começar E cada um seria mais um A defender a vida