Mais vale abrir trincheiras Fechar fronteiras Por guarda à volta do perímetro Trocar as fechaduras Estar às escuras Baixar os estores, apagar o lume Mandar para a sucata Os discos do Sinatra Do Marvin Gaye e até do Chico Esquecer o tal vestido E o aroma desse teu perfume Por o telemóvel em modo de voo Espalhar um par de armadilhas pelo caminho Reler os manuais de compostura E decoro, guardar no armário as garrafas de bom vinho Partir de férias Desaparecer Ficar de cama Adoecer Refugiar-me num safari Pelo deserto Sempre que andares por perto Não tarda vais ligar-me Puxar do charme Às quatro e tal da madrugada E por mais que isso me irrite Vou cair no teu convite Sair p'ra fora dos carris Vais soar aquela rima Rolar aquele clima Em vez de querer que o tempo passe Vou mentir-me a mim própria Nos teus braços achar-me feliz Quando der por mim Já estou a rir das tuas graças E a apontar constelações no céu estrelado A reparar em pormenores De cada coisa que tu faças A dançar de coração sobressaltado Vais acender o meu rastilho Tu vais premir o meu gatilho Depois partir pela manhã Ai isso é certo Sempre que andares por perto Olá nunca é apenas um olá O momento nunca é só um momento O melhor é não lançar beatas P'ró rescaldo do incêndio Por o telemóvel em modo de voo Espalhar um par de armadilhas pelo caminho Reler os manuais de compostura E decoro, guardar no armário as garrafas de bom vinho Partir de ferias Desaparecer Ficar de cama Adoecer Refugiar-me num safari Pelo deserto Senão não tarda estou a rir das tuas graças E a apontar constelações no céu estrelado A reparar em pormenores De cada coisa que faças A dançar de coração sobressaltado Vai-se acender o meu rastilho Tu vais premir o meu gatilho Depois partir pela manhã Ai isso é certo Sempre que andares por perto Sempre que andares por perto Sempre que andares por perto