William Shakespeare/Custódio Castelo Se A Alma Te Reprova eu venha perto, Jura à cega, que o teu ardor eu fosse; Ardor tem, como saber, sítio certo, E assim me enchas, amor medida doce. Ardor enche de ardor a amor teu cofre, Ai, lardeia-o de ardor!, e ardor do apronto E bem prova que em vazadouro sofre Se o número é grande, eu só não conto. Então que eu passe em grupo ser visto, Sendo um nas cotas dessa feitoria; Tem-me em nada, se te agradar registo De que este nada em ti é doçaria. Faz só meu nome teu amor e amor; E amas-me então pois eu te chamo Ardor.